Acusada
de furtar um celular, uma funcionária de uma franquia do McDonald’s no Rio de
Janeiro, que na época era menor de idade, foi obrigada pela gerente a se despir
na frente de outras funcionárias. Franquia terá que indenizar a jovem em R$30
mil
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou
uma unidade da Arcos Dourados Comércio de Alimentos Ltda., franqueadora da rede
de lanchonetes McDonald’s na América Latina, a indenizar em R$30 mil uma
atendente que passou por tratamento vexatório no trabalho. A condenação foi
divulgada nesta segunda-feira (16) pelo site do TST.
A funcionária, que na época era
menor de idade, foi obrigada pela gerente da lanchonete a ficar nua na frente
de outras colegas de trabalho sob a acusação de ter furtado um celular. De acordo
com o TST, a franquia foi condenada pois a jovem teria sido exposta a
“tratamento vexatório, humilhante e desrespeitoso aos princípios da dignidade
da pessoa humana, da inviolabilidade psíquica e do bem-estar individual do ser
humano”.
Junto com a funcionária em
questão, foram revistadas pela gerente outras duas trabalhadoras. Durante a
revista, o celular que teria sido furtado foi encontrado escondido no sutiã de
uma das colegas. Com a atendente, foram encontrados R$ 150, que ela havia
sacado para efetuar um pagamento. Cópia do extrato bancário juntado ao processo
comprovou o saque. Depois do procedimento, as duas foram dispensadas.
Ao jornal Extra, a Arcos Dourados
afirmou que respeita a decisão da justiça e reitera que não tolera nenhuma
forma de assédio de qualquer natureza. “A empresa também reafirma seu
compromisso de respeito e de cumprimento da legislação trabalhista, além de
proporcionar condições adequadas de trabalho a todos os seus empregados. Eles,
inclusive, recebem treinamentos do Código de Conduta para os Negócios, em que
são instruídos a agir de maneira responsável e respeitando as regras da
companhia”, divulgou em nota.
Fonte: Revista Fórum