terça-feira, 17 de outubro de 2017

McDonald’s é condenado por obrigar atendente a ficar nua diante de colegas

Acusada de furtar um celular, uma funcionária de uma franquia do McDonald’s no Rio de Janeiro, que na época era menor de idade, foi obrigada pela gerente a se despir na frente de outras funcionárias. Franquia terá que indenizar a jovem em R$30 mil
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou uma unidade da Arcos Dourados Comércio de Alimentos Ltda., franqueadora da rede de lanchonetes McDonald’s na América Latina, a indenizar em R$30 mil uma atendente que passou por tratamento vexatório no trabalho. A condenação foi divulgada nesta segunda-feira (16) pelo site do TST.
A funcionária, que na época era menor de idade, foi obrigada pela gerente da lanchonete a ficar nua na frente de outras colegas de trabalho sob a acusação de ter furtado um celular. De acordo com o TST, a franquia foi condenada pois a jovem teria sido exposta a “tratamento vexatório, humilhante e desrespeitoso aos princípios da dignidade da pessoa humana, da inviolabilidade psíquica e do bem-estar individual do ser humano”.
Junto com a funcionária em questão, foram revistadas pela gerente outras duas trabalhadoras. Durante a revista, o celular que teria sido furtado foi encontrado escondido no sutiã de uma das colegas. Com a atendente, foram encontrados R$ 150, que ela havia sacado para efetuar um pagamento. Cópia do extrato bancário juntado ao processo comprovou o saque. Depois do procedimento, as duas foram dispensadas.
Ao jornal Extra, a Arcos Dourados afirmou que respeita a decisão da justiça e reitera que não tolera nenhuma forma de assédio de qualquer natureza. “A empresa também reafirma seu compromisso de respeito e de cumprimento da legislação trabalhista, além de proporcionar condições adequadas de trabalho a todos os seus empregados. Eles, inclusive, recebem treinamentos do Código de Conduta para os Negócios, em que são instruídos a agir de maneira responsável e respeitando as regras da companhia”, divulgou em nota.

Fonte: Revista Fórum