sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ambiente de Trabalho 100% livre de tabaco

Mudança na lei federal

  As entidades que defendem a restrição ao fumo em locais fechados brigam agora para que o projeto de lei 315, que prevê o fim dos fumódromos em âmbito nacional, seja aprovado na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado. Se o projeto passar, ele pode ir para o plenário do Senado ou direto para a Câmara.
  A votação está prevista para acontecer no próximo dia 31, Dia Mundial Sem Tabaco, e Sinthoresp, Contratuh e ACT preparam uma manifestação em Brasília para chamar a atenção para o projeto.
Em São Paulo, onde lei estadual já existe há dois anos...
  O Instituto do Coração (Incor) disse que a concentração de monóxido de carbono (CO) nos ambientes fechados caiu 73% desde que a lei entrou em vigor. Dados levantados pela ACT (Aliança de Controle do Tabagismo) e pelo Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health mostram que a atual lei antifumo adotada em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Amazonas, Roraima, Rondônia e Paraíba já provocou uma mudança de paradigma importante. Em São Paulo, houve redução de até 94% de nicotina no ar em locais fechados de 16 bares pesquisados.
  E os maiores beneficiados, ressaltam as entidades, são os funcionários não-fumantes de bares, restaurantes e casas noturna, que tiveram a quantidade de CO no corpo reduzida em 57,1%.
  Além disso, as entidades dizem que a tese de que os empresários foram prejudicados caiu por terra quando todos os estabelecimentos do Estado conseguiram se adequar à situação e a lei passou a ser aprovada por trabalhadores e clientes. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, apenas uma casa noturna na zona norte da capital e um bar em Mogi das Cruzes foram fechados por desrespeitar a lei.
   Se alguns fumantes deixaram de frequentar certos estabelecimentos por conta da mudança na norma, os não-fumantes, que antes se incomodavam com a fumaça em lugares fechados, agora podem ir a esses locais. Portanto, os estabelecimentos ganharam novos clientes, defende a Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia. “Por esta razão, nenhum país até hoje evidenciou queda de faturamento com base na lei”, disse Sérgio Ricardo de Almeida Santos, membro da sub-comissão de Tabagismo da SPPT.
Fonte: www.uol.com.br