terça-feira, 18 de novembro de 2025

20/11: a Consciência Negra e o mercado de trabalho

 

A população negra representa mais da metade dos trabalhadores no Brasil. No segundo trimestre de 2024, os negros correspondiam a 56,7% da população ocupada, segundo o IBGE. Apesar de serem maioria no mercado de trabalho, ainda enfrentam profundas desigualdades, especialmente em remuneração, acesso a cargos de liderança e condições de inserção profissional.

A informalidade é uma realidade mais presente entre trabalhadores negros, que têm maior probabilidade de ocupar empregos sem carteira assinada ou com menor proteção social. Além disso, mesmo representando a maior parcela da força de trabalho, pessoas negras seguem sub-representadas em posições de comando: em 2023, apenas 33,7% dos cargos de gerência e direção eram ocupados por profissionais negros.

A desigualdade salarial também permanece significativa. Em 2023, o rendimento médio de um trabalhador negro era 39,2% menor que o de um trabalhador não negro, evidenciando a persistência do abismo racial de renda. Essa distância se reflete também nas taxas de desocupação: naquele ano, a taxa entre negros foi de 9,5%, 3,2 pontos percentuais acima da registrada para não negros. Entre as mulheres negras, a situação é ainda mais grave, com a desocupação alcançando 11,7%.