segunda-feira, 25 de junho de 2018
quarta-feira, 20 de junho de 2018
O que os pré-candidatos pensam sobre a reforma trabalhista
Postulantes à
sucessão de Temer se dividem sobre proposta que flexibilizou a CLT em novembro
de 2017
A reforma
trabalhista de Temer é apoiada por empresários, que veem um avanço na
flexibilização da relação entre empregados e empregadores, e criticada por
centrais sindicais, que apontam perdas de direitos.
A reforma
alterou cerca de 100 pontos específicos da CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho). A base do pacote é dar força aos acordos coletivos, em um modelo
chamado de “acordado sobre legislado”.
Na prática, o
que for decidido entre a entidade de classe que representa os trabalhadores e a
empresa empregadora não poderá ser posteriormente contestado na Justiça. Houve mudanças em pontos como férias, jornada
de trabalho, remuneração e plano de carreira.
Além disso, a
reforma acabou com a obrigatoriedade do imposto sindical, uma das principais
fontes das entidades que representam os trabalhadores.
O
que dizem os principais pré-candidatos
“Se eu vencer as eleições, farei um referendo para perguntar à população
sobre sua opinião. E o assunto será debatido no Congresso”
Luiz Inácio Lula da Silva ex-presidente
e pré-candidato do PT
“Aos poucos a população vai entendendo que é
melhor menos direitos e emprego do que todos os direitos e desemprego”
Jair
Bolsonaro deputado federal e pré-candidato do PSL
“Estou advogando pelas reformas desde 2010. Em
2014, já dizia que era preciso fazer um atualização, inclusive, das leis
trabalhistas. Se eu fosse parlamentar, votaria pela admissibilidade das
reformas e trabalharia para corrigir as arbitrariedades, que não são poucas, no
projeto do governo”
Marina Silva pré-candidata da Rede
Sustentabilidade
“É uma perversão que faz parte de uma
selvageria neoliberal que se impôs ao Brasil a partir do golpe. Evidentemente
que não precisamos ter medo de reforma, o país tem instituições bastante
anacrônicas, mas jamais prosperou a nação que introduziu no mundo do trabalho
insegurança jurídica e insegurança econômica”
Ciro Gomes
pré-candidato do PDT
“Era um modelo estatutário de cima para baixo,
para um modelo mais moderno de relações contratuais. Ela tem imperfeições,
vamos corrigi-las”
Geraldo Alckmin ex-governador de São
Paulo e pré-candidato do PSDB
“Eu não tenho dúvida de que a reforma
trabalhista é imprescindível. Mas o atual governo, atordoado por tantas
denúncias de corrupção, perdeu a capacidade de empreender reformas”
Alvaro
Dias senador e pré-candidato do Podemos
“A reforma trabalhista está sendo implantada
aos poucos pela Justiça. Acreditamos que com a reforma trabalhista criaremos 6
milhões de empregos em dez anos. Esta nova era nas relações de trabalho
garantirá maior produtividade e criará maiores oportunidades de emprego”
Henrique
Meirelles ex-ministro da Fazenda e pré-candidato do MDB
"Eram leis que, em tese, protegiam,
protegiam, protegiam e deixaram o Brasil com 14 milhões de desempregados e mais
milhões e milhões de empregos precários. Essa é a realidade da antiga lei
trabalhista, para a qual conseguimos fazer algum avanço na Câmara dos Deputados
no ano de 2017"
Rodrigo Maia presidente da Câmara e
pré-candidato do DEM
“A reforma trabalhista aprovada pelo Congresso
Nacional é uma reforma criminosa, faz o Brasil andar para trás 80 anos. A morte
da CLT foi em 2017. Demonstra uma falsa preocupação com os trabalhadores”
Guilherme
Boulos coordenador do MTST e pré-candidato do PSOL
“Acho que povo deve opinar sobre isso, porque
não opinou nas eleições passadas. Nas eleições passadas, o povo escolheu um
programa que garantia direitos. Temer rasgou o programa e retirou os nossos
direitos. É por isso que é preciso revogar a reforma trabalhista”
Manuela
D'Ávila deputada estadual e
pré-candidata do PCdoB
Fonte: Site Nexo
terça-feira, 12 de junho de 2018
SECHSPA atento à novidade não tão boa para o trabalhador!
Funcionários do McDonald’s já estão começando a sumir
Rede
de fast food aumentou a aposta em unidades de autoatendimento. A cada
quadrimestre, McDonald's planeja incluir 1.000 lojas no formato
O mundo em
que os robôs acabarão com empregos operacionais
está cada vez mais próximo. Se antes a ameaça estava apenas nas indústrias e
seus maquinários, agora até os atendentes do McDonald’s correm o risco de desaparecer.
A rede de fast food está apostando, ao menos
internacionalmente, em um formato de atendimento que dispensa a necessidade de
funcionários e faz os próprios consumidores se atenderem, seja por meio de
painéis ou por seus próprios smartphones.
O objetivo, segundo a própria
rede, é “construir um McDonald’s melhor”. Primeiro, é uma forma de modernizar o negócio e adaptá-lo
aos novos hábitos dos comedores de sanduíches e batatinhas – o que melhora os
resultados da rede. “Descobrimos que, quando as pessoas ponderam mais tempo,
selecionam mais itens”, contou o CEO Steve Easterbrook ao veículo americano
CNBC. “Há uma leve alta do nosso tíquete médio”. Além de, claro, poupar custos
trabalhistas.
O McDonald’s planeja mudar 1.000
lojas para receber a tecnologia a cada quadrimestre pelos próximos dois anos.
Regiões como Austrália, Canadá e Reino Unido já estão completamente integradas
com o autoatendimento em painéis e pedidos feitos no smartphone. Alemanha e
França estão perto de entrar para esse time.
Segundo o veículo The Street, 3 mil restaurantes estadunidenses
do McDonald’s já estão com a tecnologia. Metade das lojas terão o
autoatendimento até o fim deste ano. O McDonald’s possui 20 milhões de
usuários cadastrados em seu aplicativo de pedidos e 20 mil restaurantes
apresentam a opção de pagamento pelos smartphones. Ao todo, será um
investimento de 2,4 bilhões de dólares (cerca de 9 bilhões de reais, na cotação
atual) nessa modernização e na abertura de mais 1.000 restaurantes.
Easterbrook reitera, porém, que
outras formas de fazer o pedido não deixarão de existir, como o velho
atendimento presencial e a passagem pelo drive-thru. Nos Estados Unidos, a rede
também aposta na entrega por delivery. “Você pode pagar e customizar seu pedido
de diferentes maneiras. Acho que estamos adicionando mais escolhas e variedades”.
Muitos funcionários nos balcões do McDonald’s não vão esperar para ver.
Fonte: Exame
segunda-feira, 11 de junho de 2018
Sindicatos e Centrais na luta contra a Reforma Trabalhista e pelos direitos dos trabalhadores
Temer é derrotado na OIT e terá de explicar 'reforma' trabalhista
Comissão de Normas da
Organização Internacional do Trabalho questiona restrição da nova lei a
princípios da negociação coletiva e direito de sindicalização
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107ª Conferência Internacional do Trabalho ocorre em Genebre e reúne patrões, empregados e governos |
A Organização Internacional
do Trabalho (OIT) cobra novas explicações do governo brasileiro sobre a
"reforma" trabalhista. Durante a 107ª Conferência Internacional
do Trabalho, em Genebra, o governo, por meio do ministro do Trabalho,
Helton Yomura, tentou desqualificar as críticas à nova lei
brasileira por entidades do Brasil de do mundo. Mas não ganhou apoio.
A organização incluiu o Brasil na
lista de países suspeitos de descumprir normas internacionais de
proteção aos trabalhadores, passou a analisar o caso brasileiro e a mais
explicações. O governo terá que responder antes de novembro deste ano,
quando acontece a próxima reunião do Comitê de Peritos da OIT.
Segundo a decisão, o Brasil
precisa explicar principalmente o fato de a nova lei pôr em xeque princípios da
negociação coletiva entre empregadores e empregados. No início do ano, o Comitê
do Peritos expressou o entendimento de que a "reforma" viola a
Convenção 98 da OIT, sobre direito de sindicalização e de negociação
coletiva, ratificada pelo Brasil.
A reforma trabalhista estabelece
a possibilidade de o negociado prevalecer sobre o legislado, inclusive para
redução de direitos. Prevê também a "livre" negociação entre
empregador e empregado com diploma de nível superior e que receba salário igual
ou superior a duas vezes o teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).
A OIT também cobra explicações
sobre a falta de consulta aos interlocutores sociais, durante a tramitação da
reforma.
A falta de diálogo social, a
aprovação açodada da reforma e a violação à Convenção 98 foram alguns dos
pontos alertados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) durante
todo o processo de tramitação da reforma trabalhista no Congresso e após sua
promulgação. As entidades sindicais de representação de trabalhadores tampouco
foram ouvidas.
O procurador-Geral do Ministério
Público do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury, que foi a Genebra, destaca os
alertas feitos pela instituição. "Lamento a exposição internacional do
Brasil, que poderia ter sido evitada se as nossas ponderações fossem
consideradas", disse, em nota.
Fonte: Rede Brasil Atual
As centrais sindicais brasileiras
estiveram presentes com suas representações e enviaram uma nota à OIT. Abaixo, clicando em "Mais informações", você confere a íntegra da Nota das Centrais. O SECHSPA é filiado à Nova Central Sindical de
Trabalhadores.
terça-feira, 5 de junho de 2018
Para podermos entender...
Analistas dizem que petróleo com custo nacional baratearia preço da gasolina
Na busca de explicações sobre o que acontece no Brasil, principalmente, em relação aos preços dos combustíveis e que acarretam o aumento de toda a cadeia econômica brasileira, o SECHSPA apresenta esta matéria publicada no UOL.
Informe-se, leia o texto CLICANDO AQUI.
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Foto: Jornal NH |
sexta-feira, 1 de junho de 2018
Poderá vir por aí aumento de impostos
O SECHSPA está
muito preocupado com as “lambanças” em relação aos trabalhadores, que este
governo federal vem fazendo nos últimos dois anos.
Primeiro,
enviou para aprovação no Congresso, a PEC do teto dos gastos (que congela os
gastos públicos – educação, segurança, saúde por 20 anos), depois fez aprovar a
Reforma Trabalhista, que desconstruiu a CLT, deixando desiguais as relações de
trabalho, promovendo a baixa de salários e o desemprego em massa.
Tudo isso
sendo aprovado junto com o assombro provocado pelo fantasma da Reforma da Previdência,
sempre a rondar as conversas dos trabalhadores, pois o que o governo pretendia,
antes de refrear a PEC, era acabar com as aposentadorias no país.
Agora, a nova
medida, provavelmente, será aumentar os impostos para calar os caminhoneiros,
com o desconto do diesel. Isso, ao invés de mudar a política de preços da
Petrobras em relação a todos os combustíveis. Entenda um pouco como vai
funcionar:
Parte do custo do desconto
de R$ 0,46 por litro será compensada
com corte de gastos em saúde e educação.
com corte de gastos em saúde e educação.
Aumento de tributos também é provável
Depois da pressão feita pela greve dos caminheiros em estradas por todo o país desde 21 de maio, o governo federal aceitou reduzir o preço do diesel. O presidente Michel Temer concordou em retirar R$ 0,46 do preço de cada litro do combustível. E anunciou como vai bancar esse desconto.
O valor é o
equivalente ao que o governo arrecada com dois tributos sobre o diesel: Cide e
PIS/Cofins. Em teoria, o que Temer está fazendo é zerar a cobrança desses
tributos sobre o combustível que abastece ônibus e caminhões no Brasil. Mas na
prática, vai funcionar de maneira diferente.
O ministro da
Fazenda, Eduardo Guardia, foi o responsável por explicar as operações que serão
feitas para bancar o subsídio ao óleo diesel. Em resumo, o governo vai deixar
de fazer gastos e terá de aumentar ou criar novos impostos para pagar esse
desconto. O governo publicou na noite de quarta-feira (30) três medidas
provisórias que garantem o acordo com os caminhoneiros.
Todas as
medidas anunciadas valem até 31 de dezembro de 2018. A continuidade ou não do
desconto e os custos a partir de 2019 serão responsabilidade do próximo
presidente da República.
Redução de tributos: R$
0,16
O governo vai
reduzir as alíquotas da Cide e do PIS/Cofins, o que vai baratear o preço do
litro em R$ 0,16. Isso significa que o governo vai deixar de arrecadar esse
valor em cada litro de óleo diesel vendido no Brasil, num total de R$ 4 bilhões
até dezembro.
A Cide será
completamente zerada, o que vai baratear o litro em R$ 0,05. Os outros R$ 0,11
virão da redução da alíquota do PIS/Cofins.
O governo não
zerou os dois tributos, que representariam todo o desconto dado, por causa da
Lei de Responsabilidade Fiscal. A lei proíbe que haja redução de tributos em um
ano que já está em andamento se não houver compensação. Caso o governo desse todo
o desconto pela via da redução dos tributos, teria de criar impostos na mesma
proporção.
Por esses R$
0,16, o governo terá de criar novas receitas num total de R$ 4 bilhões para
compensar a perda. Parte virá do projeto de reoneração da folha de pagamentos
que, segundo Guardia é “necessário, mas não suficiente”.
Para
compensar, o governo terá que criar novas receitas, que virão da retirada de
incentivos a exportadores, indústria de refrigerantes e indústria química. O
discurso oficial do ministro da Fazenda é de que não está aumentando impostos
ou sua arrecadação total. O que acontece, nesse caso, é a concessão de um
desconto para um setor que será compensado com uma cobrança maior em outro
setores.
Com informação do site NEXO
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