A maioria das cidades brasileiras já começou a vacinar as pessoas com comorbidades contra a covid-19. São milhões de pessoas que integram esse grupo prioritário e o governo federal estima vacinar mais de 17,9 milhões de pessoas acima de 18 anos iniciando pela faixa de 55 a 59 anos, de acordo com a programação de cada município.
Você sabe se faz parte desse grupo, ou como comprovar a doença para tomar a vacina?
O Ministério exige um laudo ou atestado médico com o CID de cada doença existente (quem utiliza o SUS, pode conseguir o prontuário na Unidade de Saúde onde é atendido) ou o receituário, como no máximo 6 meses. Algumas prefeituras exigem os dois, outras apenas um, mas devem ser levados também um documento com CPF e comprovante de residência.
PORTO ALEGRE AMPLIOU A FAIXA ETÁRIA (13/5/21):
PESSOAS COM 18 ANOS OU MAIS COM AS SEGUINTES COMORBIDADES:
• Síndrome de Down;
• Doença renal crônica em terapia de substituição renal (diálise);
PESSOAS DE 35 ANOS OU MAIS
• Com Deficiência Permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC);
• Portadoras de comorbidades.
CANOAS: 43 anos ou mais
ALVORADA: 35 anos ou mais
CACHOEIRINHA: 40 anos ou mais
ESTEIO: 35 anos ou mais
GRAVATAÍ: 35 anos ou mais
VIAMÃO: 49 anos ou mais
SAPUCAIA DO SUL: 40 anos ou mais
OSÓRIO: não foi encontrada informação
TRAMANDAÍ: 45 anos ou mais / sexta-feira 14/5: 40 anos ou mais
CAPÃO DA CANOA: 35 anos ou mais
TORRES: 40 anos ou mais
COMO COMPROVAR A DOENÇA:
Para comprovar a doença, a pessoa deverá levar ao posto de saúde um documento médico (exames, receitas, relatório médico, prescrição médica, etc) que comprove a comorbidade existente. Esse documento deverá ser entregue no momento da vacinação e ficará retido na Unidade de Saúde.
O que é comorbidade?
É quando um paciente tem duas ou mais doenças associadas. No caso da covid-19, doenças cardiovasculares, diabete e hipertensão podem aumentar o risco de agravamento caso a pessoa seja infectada pelo vírus.
O SECHSPA PREPAROU A LISTA DAS COMORBIDADES PARA VOCÊS CONFERIREM:
Diabetes mellitus
Qualquer indivíduo com diabete.
Pneumopatias crônicas graves
Doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos, internação prévia por crise asmática).
Hipertensão Arterial
·Hipertensão Arterial Resistente (HAR): Quando a pressão arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou pressão controlada em uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos.
·Hipertensão arterial estágio 3: PA sistólica = 180 mmHg e/ou diastólica = 110 mmHg independentemente da presença de lesão em órgão-alvo (LOA) ou comorbidade.
·Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade: PA sistólica entre 140 e 179 mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109 mmHg na presença de lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade.
Insuficiência cardíaca (IC)
IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association.
Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar
Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária.
Cardiopatia hipertensiva
Hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo.
Síndromes coronarianas
Síndromes coronarianas crônicas (Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós Infarto Agudo do Miocárdio, outras).
Valvopatias
Lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico (estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, e outras).
Miocardiopatias e Pericardiopatias
Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática.
Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas
Aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos.
Arritmias cardíacas
Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; e outras).
Cardiopatias congênita no adulto
Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico.
Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados
Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência).
Doença cerebrovascular
Acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular.
Doença renal crônica
Doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica.
Imunossuprimidos
Indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV e CD4 <350 células/mm3; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticóide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas.
Obesidade mórbida
Índice de massa corpórea (IMC) = 40. Para calcular, basta dividir o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em metros).
Síndrome de Down
Trissomia do cromossomo 21.
Cirrose hepática
Cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C.
Anemia falciforme