segunda-feira, 11 de junho de 2012

NCST/RS publica matéria do SECHSPA em seu site


Tabagismo na vida do Trabalhador
Todo mundo sabe o mal que o cigarro faz  para a saúde da população. Pesquisa recente traz os dados de que são gastos R$ 21 bilhões por ano, tanto no SUS, como na rede de saúde complementar. Estudo financiado pela ACT - Aliança de Controle do Tabagismo -  mostra que o valor equivale a 30% do orçamento do Ministério do Saúde em 2011 e é 3,5% maior que a arrecadação de impostos derivados do tabaco no mesmo ano, isso derruba a tese de que o tabaco faz bem para economia.
Na área da ecologia, o cultivo do tabaco piora a qualidade do solo e o uso de pesticidas na cultura fumageira pode levar a mais de 20 anos para descontaminação do mesmo, isso sem contar com a derrubada de mais de 600 milhões de árvores, anualmente, para a confecção de cigarros. Além dos agricultores que fazem o manuseio da lavoura e preparação do fumo seco, que também são atingidos.
No Brasil, mais de 25milhões de pessoas fumam e a capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, é a capital do país com maior número de fumantes: 22,6% da população contra 8,8% da média nacional, segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer).
O Ministério da Saúde tem comemorado a redução no número de fumantes que em 2006 era 16,2 % e agora está em 14,8%, mas segundo o Secretário de Atenção à Saúde  Helvécio Magalhães, “precisamos aperfeiçoar o aspecto legal que trata do banimento do fumo em ambientes fechados e da taxação inibidora”.
O presidente do SECHSPA, Sindicato do Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares de Porto Alegre, Orlando Rangel, que há muitos anos luta contra o cigarro no ambiente de trabalho em hotéis, restaurantes, bares e casas noturnas em geral, afirma que os trabalhadores que atendem nestes lugares, onde o fumo é tolerado até por questões de manter a freguesia, tem a saúde mais debilitada, pois fumam continuamente e de forma passiva e como tem medo de perder seus empregos não denunciam tal situação. “Todas denúncias que chegam a nós a respeito de estabelecimentos que prejudicam os trabalhadores são apuradas, mas no local de trabalho, quando se averigua, não se consegue ninguém para testemunhar no processo e isso é complicado”, completa Rangel.
Apesar deste complicador, muitos estabelecimentos estão se conscientizando e descobrindo que, sem a clientela fumante, existe a compensação das supostas perdas com o aumento do número de clientes não-fumantes, que dão preferência a ambientes livre do fumo. “É uma campanha lenta, mas que trará frutos para os trabalhadores futuramente”, ressalta o presidente Orlando Rangel.
Site: www.ncstrs.org.br