O
tabagismo é principal causa de muitas doenças pulmonares, como a bronquite
crônica, o enfisema pulmonar e o câncer de pulmão. Está associado ainda a
doenças cardiovasculares e a tumores em vários outros locais.
Com o
objetivo de conscientizar a população sobre o assunto e diminuir os riscos
desses tipos de doenças, o governo aprovou, em 1986, a Lei Federal nº 7488, que
estabeleceu o dia 29 de agosto como Dia Nacional de Combate ao Fumo, criando
assim, o compromisso de elaborar campanhas de combate ao tabagismo.
Essa
iniciativa também é praticada em todo mundo no dia 31 de Maio, conhecido como
Dia Mundial sem o Tabaco, que movimenta todos países na luta contra o vício.
A Lei Antifumo no Brasil
Foi
sancionada no dia 15/12/11 a lei que proíbe o fumo em locais fechados em todo o
Brasil. No caso, nem os fumódromos podem existir.
O texto considera a proibição em recinto coletivo público ou privado
"local fechado, de acesso público, destinado a permanente utilização
simultânea por várias pessoas". Entram nessa regra, por exemplo, os
shoppings.
Foram alterados os artigos 2 e 3 da Lei
9.294/1996. O artigo segundo previa o fumo em recinto coletivo "salvo em
área destinada exclusivamente a esse fim, devidamente isolada e com arejamento
conveniente". Também foram ampliadas ainda
as restrições à propaganda do cigarro, com aumento da advertência sobre os
riscos do fumo. A medida tornou obrigatório o aumento de avisos sobre os
malefícios do fumo, que devem aparecer em 30% da área frontal do maço de
cigarros, a partir de 1º de janeiro de 2016.
A publicidade em pontos de vendas também foi proibida "com
exceção apenas da exposição dos referidos produtos nos locais de venda".
De acordo com o ministério da Saúde, o
texto também previu aumento na carga tributária dos cigarros, além de fixar
preço mínimo de venda do produto no varejo.
Ficou estabelecida em 300% a alíquota do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o cigarro. O aumento também
precisará passar por regulamentação. Conforme o governo, o aumento no preço do
produto está previsto para o início de 2012. Com o reajuste do imposto e o
estabelecimento de um preço mínimo, o cigarro subirá cerca de 20%, em 2012,
chegando a 55% em 2015.
A opinião do SECHSPA na luta contra o fumo no local de trabalho
O presidente do SECHSPA, Sindicato do Empregados no Comércio
Hoteleiro e Similares de Porto Alegre, Orlando Rangel, que há muitos anos luta
contra o cigarro no ambiente de trabalho em hotéis, restaurantes, bares e casas
noturnas em geral, afirma que os trabalhadores que atendem nestes lugares, onde
o fumo é tolerado até por questões de manter a freguesia, tem a saúde mais
debilitada, pois fumam continuamente e de forma passiva e como tem medo de
perder seus empregos não denunciam tal situação. “Todas as denúncias que chegam a
nós a respeito de estabelecimentos que prejudicam os trabalhadores são
apuradas, mas no local de trabalho, quando se averigua, não se consegue ninguém
para testemunhar no processo e isso é complicado”, diz Rangel.
Apesar
deste complicador, muitos estabelecimentos estão se conscientizando e
descobrindo que, sem a clientela fumante, existe a compensação das supostas
perdas com o aumento do número de clientes não-fumantes, que dão preferência a
ambientes livre do fumo. “É uma campanha lenta, mas que trará frutos para os
trabalhadores futuramente”, ressalta o presidente Orlando Rangel.
Alguns
números do cigarro:
— O governo federal arrecadou, em
impostos, com a venda de cigarros, R$ 6,3 bilhões em 2011. Em 2012, até julho,
já haviam sido arrecadados R$ 3,4 bilhões.
—
Brasil GASTA R$21 BI COM TRATAMENTO DE DOENÇAS RELACIONADAS AO TABACO: levantamento
da Aliança de Controle do Tabagismo se refere apenas a 2011 e resulta da
análise de dados de 15 enfermidades, como doenças cardíacas e câncer de pulmão.
— Segundo
dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, no Brasil, cerca de
30% da população adulta é fumante. Além disso, estima-se que ocorram, a cada
ano, 125.000 mortes no país por doenças associadas ao fumo.
Se você quer parar de fumar:
Parada Imediata
Você marca uma data e nesse dia não fumará mais nenhum cigarro. Esta
deve ser sempre sua primeira opção.
Parada Gradual
Você pode utilizar este método de duas formas:
Reduzindo o número de cigarros
Por exemplo: Um fumante de 30 cigarros por dia, no primeiro dia fuma os
30 cigarros usuais.
no segundo - 25
no terceiro - 20
no quarto - 15
no quinto - 10
no sexto - 5
O sétimo dia seria a data para deixar de fumar e o primeiro dia sem
cigarros.
Retardando a hora do primeiro cigarro
Por exemplo:
no primeiro dia você começa a fumar às 9 horas
no segundo às 11 horas
no terceiro às 13 horas
no quarto às 15 horas
no quinto às 17 horas
no sexto às 19 horas
no sétimo dia seria a data para deixar de fumar e o primeiro dia sem
cigarro
A estratégia gradual não deve gastar mais de duas semanas para ser
colocada em prática, pois pode se tornar uma forma de adiar, e não de parar de
fumar. O mais importante é marcar uma data-alvo para que seja seu primeiro dia
de ex-fumante.
Lembre-se também que fumar cigarros de baixos teores não é uma boa
alternativa.
Todos os tipos de derivados do tabaco (cigarros, charutos, cachimbos,
cigarros de Bali, etc) fazem mal à saúde.
Caso não consiga parar de fumar sozinho, procure orientação médica.
Cuidado com os métodos milagrosos para deixar de fumar.
Se você sofre com o fumo em seu local de trabalho,
não tenha medo de denunciar.
não tenha medo de denunciar.
Entre em contato com o SECHSPA!