quinta-feira, 29 de abril de 2021

CPI quer saber providências tomadas no Brasil desde o início da pandemia

 


Apesar de parecer apenas mais uma ação que vai preencher a vida laboral dos senadores, a CPI da Pandemia, que vai investigar diretamente as ações do governo federal frente à maior crise sanitária que o Brasil já viveu é de suma importância para descortinar o estrago feito entre brasileiros e brasileiras há mais de ano. 

Cabe lembrar que nesta quinta-feira, 29/4, o nosso país chegou ao triste número de 400.021 vidas ceifadas pela covid-19. Isso tudo, fora aqueles que sucumbiram de outras formas, por conta de depressão, piora no estado geral de saúde dos cardiopatas, das pessoas com câncer e outros problemas crônicos e congênitos. E ainda aqueles que perderam empregos e sustento de suas famílias.

O SECHSPA está muito preocupado com todos os trabalhadores e trabalhadoras e suas famílias e, por isso traz o assunto da CPI para reflexão e, também, pede que todos se cuidem, cobrem dos patrões os EPIs e todos os cuidados sanitários para desempenharem os seus trabalhos. Contem sempre com o Sindicato!

A CPI DA PANDEMIA NO SENADO FEDERAL

O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que a comissão vai fazer uma cronologia da crise do coronavírus desde o início, quando o mundo ficou sabendo da situação e a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência sanitária global, em janeiro de 2020. A informação foi dada em entrevista coletiva após reunião da comissão nesta quinta-feira, 29/4.

— O Brasil já sabia da pandemia, e queremos saber quais foram as providências tomadas naquele momento. Do ponto de vista de aeroportos, eu sei que não houve nenhuma barreira sanitária. Hoje o Brasil é proibido de entrar em vários países do mundo. Ou seja, o Brasil sofre barreiras sanitárias, mas nós não fizemos nosso dever de casa. Esse é um norte da investigação. Não é atoa que tivemos a primeira e segunda onda muito fortes.

Omar ressaltou ainda que o processo de investigação vai ocorrer aos poucos, com início, meio e fim.

— Não adianta a gente colocar no plano de trabalho que supostamente o fulano de tal vai falar isso. Nós temos o escopo de como vai começar, mas o que vai ditar a CPI são os acontecimentos, os fatos, os depoimentos, as testemunhas. Aí sim a gente pode chegar em uma redação final que eu espero que não traga somente responsáveis, mas que a gente encontre também soluções.

CONVOCAÇÕES

Em relação à convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, além de três ex-ministros da pasta e do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão, afirmou que os pontos a serem esclarecidos são os que já foram determinados ao ser criada a comissão. Entre os temas, o senador citou a política de aquisição de vacinas, o colapso de oxigênio em Manaus e outras cidades, as políticas de comunicação do governo em relação ao isolamento e uso de máscaras, o calendário de imunizações e autorizações para vacinas.

A comissão aprovou diversos requerimentos de informação nesta quinta, que foram apreciados em bloco. As autoridades citadas têm até cinco dias úteis para responder.

O senador ressaltou considerar lamentável a suposta tentativa de interferência do governo nos trabalhos da comissão.

— Tenho a certeza que a direção dessa CPI não permitirá qualquer tipo de interferência externa às investigações — disse.

Fonte da matéria sobre a CPI: Agência Senado