Brasil é um dos piores países do mundo para o trabalhador. Desmonte da legislação vem desde antes da reforma trabalhista de 2017.
Para
o Global Rights Index (Índice Global de Direitos), o Brasil está entre os dez
piores países do mundo para se trabalhar. Mesmo antes da tragédia para o
trabalhador que significa o governo Bolsonaro, o sindicalismo já vinha
amargando sucessivas derrotas com governos anteriores, portanto, a inclusão não
gera surpresa.
Esta
é a 8ª edição do indicativo, que avaliou 200 milhões de trabalhadores no mundo
em 149 países e 97 itens de violações com base na OIT (Organização Internacional
do Trabalho) e jurisprudências.
Ao
lado do Brasil, nas 10 últimas colocações, estão países como: Bangladesh,
Bielorrússia, Colômbia, Egito, Honduras, Mianmar, Filipinas, Turquia e Zimbábue.
O
relatório traz indicadores mundiais inquietantes: 87% dos países violaram o
direito à greve; 79% violaram o direito de negociação coletiva; os
trabalhadores foram expostos à violência em 45 países, sofreram prisões
arbitrárias em 68 países e tiveram sindicalistas assassinados em seis: Brasil,
Colômbia, Guatemala, Mianmar, Nigéria e Filipinas.
Além
de relatar dois assassinatos de sindicalistas, no Pará e em Minas Gerais, o
documento destaca as repressões às greves e a fragilização do direito às
negociações coletivas. Desde a adoção da Lei nº 13.467 em 2017 (Reforma Trabalhista),
houve queda de 45% no número de acordos coletivos celebrados.
Com informações da ‘Carta Capital’