sexta-feira, 28 de abril de 2023
quarta-feira, 26 de abril de 2023
Artigo: Salário Mínimo
Proposta para a
política de
valorização do salário mínimo
Garantir um aumento real ao Salário Mínimo é parte da estratégia
de sustentação do crescimento econômico através da ampliação do consumo das
famílias a partir da renda da base da pirâmide salarial.
Está aberto o debate sobre a
política de valorização do salário mínimo. O governo do Presidente Lula criou o
Grupo de Trabalho, sob a coordenação do Ministro do Trabalho e Emprego Luiz
Marinho, para estudar e fazer proposta para concretizar o objetivo de promover
o aumento real do SM.
As Centrais Sindicais apresentaram na Pauta da
Classe Trabalhadora a proposta de retomada dessa importante política, parte
essencial de uma dinâmica econômica voltada para o desenvolvimento produtivo e
para a superação das desigualdades. Consideram que os resultados alcançados
pela política implementada entre 2004 e 2016 foram muito positivos e robustos.
Valorização do Salário
Mínimo
A política de valorização do SM garantiu um
aumento real de mais de 78%[1], já descontada a inflação. Atualmente o valor do
SM é de R$ 1.302,00[2], dos quais R$ 584,00[3] correspondem ao aumento real, o
que incrementa anualmente em mais de 400 bilhões a massa de rendimentos da
economia.
Na primeira reunião do GT que trata do assunto,
as Centrais Sindicais apresentaram o estudo propositivo elaborado pelo DIEESE
no qual indicam as regras para a nova política de valorização do SM.
A proposta parte do pressuposto de que a
experiência passada de sucesso é uma ótima referência. Portanto, em essência,
propõem e defendem que a base da valorização do SM seja a mesma política já
executada pelo governo do Presidente Lula e da Presidenta Dilma, qual seja:
mantida a data base de janeiro, aplicar o reajusta do INPC dos últimos doze
meses (janeiro a dezembro do ano anterior) para repor o poder de compra e um
aumento real correspondente ao crescimento da economia, este medido pela
variação do Produto Interno Bruto (PIB). Essa é a base para o futuro que está
assentada no sucesso do passado.
A proposta apresenta também medidas complementares
para acelerar esse crescimento, considerando que há uma grande distância a ser
coberta pelos aumentos reais para que o SM venha a cumprir os preceitos
constitucionais de atender às necessidades básicas do trabalhador e da sua
família ou, de forma intermediária a este objetivo, chegar e manter no mínimo
um valor que corresponda a 60% do salário médio da economia, este um objetivo
perseguido e mantido na maior parte dos países desenvolvidos.
Esse acelerador significa no curto prazo, ou
seja, nos próximos três anos, implementar o aumento real não aplicado pelo
governo anterior, repondo a trajetória de crescimento da economia ao aumento do
SM (5,4% aplicado em três parcelas anuais de 1,77%).
A
proposta das Centrais Sindicais
Considerando, a longo prazo, que garantir um aumento real ao SM é
parte da estratégia de sustentação do crescimento econômico através da
ampliação do consumo das famílias a partir da renda da base da pirâmide
salarial, o DIEESE calculou qual foi a variação média do PIB entre 1994 e 2022,
identificando um crescimento médio anual do PIB de 2,4% no período.
Objetivamente esse é um crescimento muito aquém daquilo que o país precisa para
promover mudanças estruturais para alcançar a um
padrão de desenvolvimento socioambiental desejado.
Diante disso, as Centrais propõem que a política
de valorização tenha como piso de aumento real, no mínimo, esse crescimento
médio passado de 2,4%[4], caso o PIB tenha aumento inferior, sinalizando que o
aumento da base salarial é um produto econômico a ser promovido na sociedade
brasileira.
Simples assim.
Fácil
de implementar?
Não.
Sem dúvida possível, se o nosso entendimento e
compromisso coletivo for com as transformações estruturais que superem a fome,
a pobreza, as desigualdades, e estejamos mobilizados pelo sentido essencial de
justiça reunidos pela tarefa de realizar mudanças fundamentais e organizados
para promover desenvolvimento produtivo em um novo padrão de industrialização.
sexta-feira, 21 de abril de 2023
quarta-feira, 19 de abril de 2023
terça-feira, 18 de abril de 2023
Governo discute com bancos redução dos juros do cartão de crédito
Ministro Haddad afirmou que, ainda nesta semana, o governo deve lançar 14 medidas para melhorar o ambiente de crédito no Brasil
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Min. Haddad na saída da reunião |
A redução
do rotativo é uma das 14 medidas que o governo pretende anunciar ainda nesta
semana para melhorar as condições do crédito no Brasil. Enquanto a Selic está
em 13,75% – maior taxa real de juros do mundo –, o rotativo do cartão de crédito
passa em alguns casos de 400% ao ano.
“Uma boa
parte do pessoal que está no Serasa hoje é por conta do cartão de crédito. E as
pessoas não conseguem sair do rotativo. Nós precisamos encontrar um caminho. Um
caminho negociado, como fizemos com a redução do consignado dos aposentados”,
disse o ministro.
Participaram
da reunião, no ministério da Fazenda, o presidente da
Federação Brasileira de Bancos, Isaac Sidney, e o diretor-presidente da
Confederação Nacional das Instituições Financeiras, Rodrigo Maia. Também estiveram
presentes os presidentes do Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e Nubank.
Haddad
afirmou que, “estamos negociando o rotativo faz tempo já. Nós já propusemos,
mas a gente está numa negociação”.
E as taxas do consignado para aposentados e
pensionistas?
A
“negociação” que Haddad se refere é para a redução nas taxas de juros do
crédito consignado a aposentados e pensionistas do INSS ocorreu após jogo duro
por parte das instituições financeiras. Em 13 de março, o Conselho Nacional de
Previdência Social (CNPS) decidiu reduzir a taxa do consignado do de 2,14%
para 1,7% ao mês. Na ocasião, a taxa máxima do cartão consignado também caiu,
de 3,06% para 2,62% mensais.
Diversos
bancos reagiram com boicote, suspendendo as linhas de crédito. As centrais
classificaram a suspensão como “chantagem” e
denunciaram a sede “sem limites” dos bancos em busca de lucros.
No fim do
mês, CNPS se reuniu novamente para aprovar proposta do governo para o teto máximo de 1,97% ao mês nas taxas de juros do
crédito consignado a aposentados e pensionistas do INSS. Os aposentados, por
outro lado, defendiam 1,90% como teto. A taxa máxima do cartão
consignado ficou em 2,89% ao mês.
segunda-feira, 17 de abril de 2023
quarta-feira, 12 de abril de 2023
Governo federal cria Grupo de Trabalho tripartite para fortalecer as relações de trabalho e as negociações coletivas
Inegável o esforço do governo federal em cumprir sua promessa de campanha de valorização do trabalhador. Agora, resta a expectativa do resultado que será obtido com o Grupo composto por membros do governo, trabalhadores e empregadores.
Na quinta-feira, 6/4, o presidente Lula instituiu, através do Decreto nº 11.477, a criação do Grupo de Trabalho Interministerial para elaboração de proposta de reestruturação das relações de trabalho e valorização da negociação coletiva.
O objetivo principal do grupo será para tratar
sobre a democratização das relações do trabalho e fortalecer o diálogo entre o
Governo federal, os trabalhadores e os empregadores, elaborando proposta
legislativa.
Segundo o Decreto, o grupo será formado por 36
membros, sendo 12 representantes do Governo federal, 12 representantes dos
trabalhadores e 12 representantes dos empregadores.
Os representantes do governo serão provindos
de vários Ministérios e setores governamentais: Ministério do Trabalho e
Emprego (que indicará cinco membros); Casa
Civil da Presidência da República; Advocacia-Geral da União; Ministério da
Fazenda; Ministério da Agricultura e Pecuária; Ministério do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços; Ministério da Previdência Social; e Ministério dos
Direitos Humanos e da Cidadania.
Na representação dos trabalhadores estarão as
seguintes Centrais: Central Única dos Trabalhadores - CUT; Confederação Geral
dos Trabalhadores - CGT; Força Sindical - FS; Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil - CTB; União Geral dos Trabalhadores - UGT; e Central
dos Sindicatos Brasileiros - CSB. Cada uma indicando dois membros para
participar do Grupo.
Os representantes dos empregadores serão
indicados pelas seguintes entidades (cada uma indicando dois membros): Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA; Confederação Nacional da Indústria -
CNI; Confederação Nacional do Comércio - CNC; Confederação Nacional das
Instituições Financeiras - CNF; Confederação Nacional do Transporte - CNT; e Confederação
Nacional do Turismo - CNTUR.
O Decreto também determina que o coordenador
do Grupo poderá convidar especialistas e
representantes de outros órgãos e entidades, públicos e privados,
nacionais e internacionais, quando da pauta constar tema relacionado às suas
áreas de atuação, para participar de suas reuniões, sem direito a voto; e as
reuniões serão semanais em caráter ordinário e, em caráter extraordinário,
mediante necessidade e convite do Coordenador.
Na questão de votações e comparecimento às
reuniões, o Grupo de Trabalho Interministerial é de maioria absoluta e o quórum
de aprovação é de maioria simples. E em caso de empate o Coordenador tem o voto
qualificado.
O Decreto institui que o Grupo tem duração de
90 dias contado a partir de sua instalação e o relatório final das atividades
do Grupo de Trabalho Interministerial será encaminhado aos titulares dos órgãos
e das entidades nele representados.
quinta-feira, 6 de abril de 2023
segunda-feira, 3 de abril de 2023
Novo reajuste do mínimo em maio vai ter impacto de R$ 4,4 bi
Segundo
levantamento da IFI (Instituição Fiscal Independente) do Senado, o aumento do
salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320, em maio, vai resultar em impacto de
R$ 4,4 bilhões nas contas públicas.
A política de valorização do mínimo é uma das
principais agendas que Lula trouxe da campanha
Com o
reajuste previsto para maio, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) vai conseguir poupar R$ 2,2 bilhões de janeiro a abril. Dados do
Ministério da Fazenda apontam que R$ 1 a mais no salário mínimo aumenta os
custos da União em R$ 390 milhões por ano.
Dia 1º de janeiro, o salário mínimo passou de R$
1.212 para 1.302. Com o novo valor, o salário terá ganho acima da inflação de
2,8%.
Segundo dados do Dieese (Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), isto representa o
maior aumento real desde 2012, quando foi de 7,59%.
Impactos
positivos
Conforme
o Dieese, os impactos da elevação do salário mínimo na economia em 2023,
de R$ 1.302, seguem estas estimativas:
• 60,3 milhões de pessoas
têm rendimento referenciado no salário mínimo.
• R$ 69,3 bilhões representam o incremento de
renda na economia.
• R$ 37,4 bilhões correspondem ao aumento na
arrecadação tributária sobre o consumo.
Com informações: DIEESE