Com o aumento exponencial da produtividade e a transformação
tecnológica, a crise entre patrão e empregado se encontra no "ser neoliberal", ou
seja, na aplicação do capitalismo puro, onde o ser humano, no caso o trabalhador, fica em
segundo plano, vindo muito atrás do lucro.
Amparada pela forma de reprodução do capitalismo, globalizado graças à
consolidação das redes sociais e fluxos de mercado mundo afora, a exploração da
força de trabalho se efetiva de maneira dramática.
Na nova língua da administração, o trabalhador se torna um colaborador e
os mecanismos de sua atuação e autonomia são esvaziados pela gestão. Com isso,
a ideia de luta de classes desaparece, na verdade é retirada da cabeça do
trabalhador.
A armadilha está na alienação promovida pelo patrão ao mudar termos
para nominar o trabalhador e, em consequência, levar à risca a Reforma Trabalhista para a retirada
de direitos.
E é aí que entram os Sindicatos. Entidades que representam e protegem os
trabalhadores. É nisso que reside a eterna luta de classe. É a entidade sindical
que a leva adiante sem nominá-la e, mesmo atendendo aos anseios das categorias,
obtém vitórias para os pequenos, frente aos grandes. Tal como a luta de Davi
contra Golias!
Assim, olhando bem, sequer faz sentido perguntar e falar em luta de classes nas conversas do dia-a-dia. Mas mesmo que a sociedade não a aceite mais, os Sindicatos estão aí para corroborá-la. Talvez, essa seja a exceção que confirma a regra: a luta de classes existe, sim! Confie no seu Sindicato.
Isabel Rodrigues, Jornalista do SECHSPA