Por que tocar neste assunto? Porque é uma mobilização popular e também chamada pelas centrais sindicais, onde o povo tomou as ruas contra os desmandos do Congresso Nacional, que legisla em causa própria, sem pensar nos brasileiros, seus representados.
No
domingo, 21/9, manifestações contra a PEC da Blindagem e o projeto de anistia
aos condenados pelos atos de 8 de janeiro tomaram ruas de ao menos 33 cidades,
incluindo 22 capitais do Brasil.
Os atos foram organizados por uma ampla frente que
reuniu as centrais sindicais brasileiras ( NCST, Força
Sindical, UGT, CUT, CTB e CSB), além de movimentos sociais e
partidos políticos. A mobilização mostrou unidade entre sindicatos,
trabalhadores, artistas e parlamentares em defesa da democracia e contra o que
os organizadores classificam como “PEC da impunidade”
Os
temas do ato foram:
Rejeição
à PEC da Blindagem, aprovada na Câmara em votação secreta. Rechaço à anistia ampla, que poderia beneficiar
os condenados pelos atos golpistas. Críticas
ao Congresso Nacional, acusado de legislar em causa própria e contra a
democracia.
Contexto
e repercussão
A
PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara, prevê mudanças que aumentariam a
proteção de parlamentares contra ações judiciais, sendo considerada por
críticos uma “licença para impunidade”, que inclui no escopo: roubo, corrupção,
homicídio, crimes de trânsito e outras contravenções.
Já o
projeto de anistia é visto como uma tentativa de livrar os condenados por
tentativa de golpe em 8 de janeiro, que atentaram contra a democracia.
A
reação massiva, organizada por centrais sindicais e movimentos sociais,
sinaliza um novo momento político: depois de anos de mobilizações dominadas
pela direita, a esquerda voltou a encher as ruas, em um dos maiores atos desde
2013.
Destaque para as capitais
São Paulo,
Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Belo Horizonte e Curitiba que, juntas,
reuniram centenas de milhares de manifestantes e artistas que colocaram opiniões
e animaram os eventos.
Em
São Paulo uma bandeira do Brasil foi estendida sobre o povo, em resposta à
manifestação no Dia da Independência, onde os manifestantes abriram uma imensa
bandeira dos EUA provocando grande rejeição e diversas críticas.
Em Porto Alegre a movimentação foi grande, embora realizada em um domingo de chuva e Grenal.