No último dia 27/06, a Zero Hora fez uma
matéria similar a de 2010, quando a afirmação era “Dez exemplos que o Brasil
deveria importar”, só que desta vez, 40 estrangeiros responderam à pergunta: quais são os hábitos brasileiros que os estrangeiros (que
moram, ou estão, no Brasil, principalmente no RS) gostariam de ver em seus
países?
Ressaltando que
otimismo e bom humor são citados por todos, confira os dez
exemplos e alguns depoimentos:
exemplos e alguns depoimentos:
1 – Festas
As
festas no Brasil podem até começar mais tarde, mas com certeza duram mais. Em
países da Europa e América do Norte, há leis contra vender bebidas alcoólicas
depois de determinado horário. Há bares que abrem a partir das 2h, por exemplo,
mas esses são bem mais caros.
–Eu adoro o horário das festas no Brasil, em que se volta para casa às 6h ou 7h da manhã. Na Grã-Bretanha, os pubs fecham às 23h ou 24h. Todos bebem o máximo possível até esse horário e ficam bêbados demais – comenta Harriet Francis, 32 anos, advogada.
–Eu adoro o horário das festas no Brasil, em que se volta para casa às 6h ou 7h da manhã. Na Grã-Bretanha, os pubs fecham às 23h ou 24h. Todos bebem o máximo possível até esse horário e ficam bêbados demais – comenta Harriet Francis, 32 anos, advogada.
2 – Abraço
O
abraço entre amigos ou até desconhecidos foi lembrado por muitos estrangeiros,
dos mais diversos países.
– É
muito comum esse hábito no Brasil. Tem o abraço entre homens e o abraço mais
carinhoso, com as mulheres. Na França, é muito raro, talvez apenas entre a
família. Gostei disso. Pode parecer insignificante, mas muda bastante as
relações entre as pessoas, seja entre familiares, amigos ou desconhecidos.
Quando voltei para a França, abracei meu pai, e ele estranhou – diz Boris Pravda-Starov,
25 anos, estudante, que morou em Porto Alegre.
Unanimidade
entre os entrevistados, afinal, quem não gosta de afeto????
3 – Atendimento
Um dos
pontos em que houve mais discórdia entre os entrevistados foi o atendimento ao
cliente. Britânicos e franceses, por exemplo, não gostam de ser abordados por
atendentes em lojas ou supermercados.
Entretanto,
o italiano Alessandro Andreini, 40 anos, conta que uma das frases que mais
gostou de ouvir em toda a sua vida foi “Você encontrou tudo o que procurava?”,
dita pelo caixa do supermercado. Franco Luis Scandolo, 26 anos, argentino que
morou na Itália, também ressaltou esse exemplo.
– O
atendimento é um ponto forte do Brasil e se destaca pelo profissionalismo e
cordialidade – opina ele.
4 - Jeitinho brasileiro
O tão
comentado jeitinho brasileiro não fica de fora dessa lista. Latino-americanos,
europeus e um sul-africano ressaltaram o lado bom dessa característica.
– Os
brasileiros sempre acreditam que há um caminho para se fazer alguma coisa, e
isso os leva adiante – aponta Werner Trieloff, 29 anos, contador sul-africano.
–
Quando meus pais me visitaram no Brasil, pude perceber melhor como os europeus
realmente se estressam quando algo dá errado. Já os brasileiros ficam
tranquilos – conta a estudante Ana González, 22 anos, da Espanha.
5 - Compartilhar bebidas
Outro
costume do Brasil que poderia ser exportado é o hábito de compartilhar bebidas.
– Compartilhar a cerveja, a caipirinha ou o chimarrão diz muito sobre a generosidade do brasileiro. No início, eu tive dificuldade de me acostumar a isso. O guatemalteco se serve no copo e gruda a mão nele até beber tudo – relata Martin de León McMannis, 22 anos.
– Compartilhar a cerveja, a caipirinha ou o chimarrão diz muito sobre a generosidade do brasileiro. No início, eu tive dificuldade de me acostumar a isso. O guatemalteco se serve no copo e gruda a mão nele até beber tudo – relata Martin de León McMannis, 22 anos.
6 - Estrangeiros são bem tratados no Brasil
A alemã
Katharina Ockert, 25 anos, estuda na Unisinos. Apaixonada pelo Brasil, “apesar
da grande pobreza e criminalidade”, e fã de vários costumes nacionais, ela
avalia que os estrangeiros são bem tratados aqui e que os brasileiros esbanjam
disposição na hora de ajudar:
– Lembro uma vez em que eu estava no centro, procurando um banco para retirar dinheiro e pedi informações para uma mulher na rua. Pensei que ela talvez poderia me explicar o caminho, mas ela pegou minha mão e me levou até dentro do banco! Fiquei muito feliz de receber uma ajuda tão legal.
– Lembro uma vez em que eu estava no centro, procurando um banco para retirar dinheiro e pedi informações para uma mulher na rua. Pensei que ela talvez poderia me explicar o caminho, mas ela pegou minha mão e me levou até dentro do banco! Fiquei muito feliz de receber uma ajuda tão legal.
7 – Higiene
Os
hábitos de higiene dos indígenas surpreenderam os europeus quando chegaram ao
Brasil. Não se pode dizer que ainda se toma banho como os nativos do Brasil
faziam naquela época, mas essa característica é uma das 10 coisas da qual
Graham Gertz-Romach, britânico casado com uma gaúcha, que viveu por 21 anos no
Brasil, sente saudades:
– Os
brasileiros são muito limpos. Você não encontra tantos americanos ou pessoas do
norte da Europa que tomem um banho por dia e escovem os dentes depois de cada
refeição.
A francesa
Nathalie Touratier, 25 anos, também percebeu isso:
– Eu
fiquei surpresa ao ver todos os meus colegas de trabalho escovarem os dentes
depois do almoço. É um hábito muito legal. Os franceses, quando estão no
trabalho, geralmente mascam chicletes depois do almoço.
8 – Exercícios
Algo
impressionante para estrangeiros das Américas e da África do Sul é a prática de
exercícios físicos e o cuidado com a boa forma. Mas só é exemplo se não for
excessivo, comenta Matthew Bender, 30 anos, tradutor, morador de Porto Alegre
há cinco anos:
– A
qualquer hora da noite ou do dia, você vê pessoas caminhando, correndo, jogando
bola ou andando de bicicleta. Os brasileiros são muito ativos nos esportes,
seja em busca de saúde, seja em busca de beleza.
9 – Carona
O
engenheiro francês Manuel Gourmand, 24 anos, não teve dúvidas ao dizer qual é
seu costume brasileiro preferido: o de dar (e receber) carona. A prática pode
ser planejada por telefone ou mesmo nos bares ou restaurantes, quando se
oferece uma carona inclusive para alguém que acabou de se conhecer.
– É uma
coisa tão simples, e que, no entanto, não vi pela Europa. Lá cada um pega seu
carro, e quem não tem carro, vai a pé. Mesmo se as pessoas vão para lugares
muito próximos – explica Gourmand, que atualmente está em Passo Fundo.
– Na
Europa isso não ocorre lá nem entre colegas. Ninguém pensa nessa possibilidade.
10 – Almoço
O
almoço como principal refeição do dia é um exemplo para um britânico, um
holandês e uma neozelandesa.
– Meu
país poderia se beneficiar desse hábito. Os kiwis (neozelandeses) tendem a
engolir um sanduíche à mesa do trabalho, e ter uma refeição pesada à noite. Mas
um jantar mais leve é muito mais saudável – comenta Victoria Joy Winter, 28
anos, analista de marketing e moradora de Porto Alegre.
Um
sanduíche no almoço e um lauto jantar também é algo comum na Holanda.
– Aqui é bom porque geralmente se come algo aquecido no almoço. Eu também gosto do bufê a quilo e rodízio – diz o estudante Marnix van.
– Aqui é bom porque geralmente se come algo aquecido no almoço. Eu também gosto do bufê a quilo e rodízio – diz o estudante Marnix van.